Aos poucos o cozinhado vai ganhando forma

Dos fretes que se fazem ao Benfica




1 – O Benfica carecia de legitimidade subjectiva e objectiva para recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto de Lausanne; Carece de legitimidade subjectiva porque não é parte no processo de acesso à Liga dos Campeões, apenas o FC Porto e a UEFA o são; Mas mais grave ainda foi a legitimidade objectiva. Senão vejamos, de acordo com os regulamentos apenas por factos novos se pode recorrer das decisões do Comité de Apelo da UEFA para o Tribunal Arbitral de Lausanne.

2 – Sendo assim o Benfica precisava de factos novos. Quais eram esses factos novos? Lá está... Uma decisão do Conselho de Justiça que fizesse valer as suas teses.

3 – Pergunta: Porque é que o caso do FC do Porto que em nada influencia a próxima temporada (percam 6 pontos ou não) tem prioridade sobre as dezenas de processos pendentes no CJ da Federação?

4 – No caso do Boavista percebe-se. Está em causa uma descida de divisão que influencia o sorteio dos próximos campeonatos. Mas porquê martelar também com tanta pressa o caso da suspensão a Pinto da Costa?

5 – Por outro lado, já se descobriu que a suposta Acta que o Presidente do CJ forjou e assinou com o Vice-Presidente a suspender a reunião afinal parece que foi assinada por 7 pessoas! 7 conselheiros e mais o secretário da Federação. Que curioso... Será que depois de suspenderem a reunião receberam algum telefonema durante o jantar a informá-los que assim não dava! Que se não decidissem sobre o FC Porto, um certo clube já não tinha argumentos para ir alegar ao Tribunal Arbitral do Desporto de Lausanne?? Quem terá feito tal telefonema?

6 – Eu já vi essa acta, mas não se preocupem os leitores que dentro de 15 dias o Prof. Freitas do Amaral vai mostrar tudo clarinho.

7 – Não me admira o resultado do Tribunal Arbitral do Desporto de Lausanne ontem. Percebe-se agora porque é que o Dr. Paulo Gonçalves (advogado do Benfica) espumava de raiva a sair da reunião.

8 – Eu não sou, mas se fosse advogado do FC do Porto em Lausanne teria o caso mais fácil e mais simples de alegar na minha vida. Nem devem ter feito mais que recostar-se na cadeira e perguntado aos juizes se aquela pallhaçada era mesmo para levar a sério e era preciso alegar ou se podiam todos ir para casa jantar.

São mais episódios tristes de um clube que já foi grande mas que agora tem que recorrer aos mais baixos expedientes para ganhar na secretaria. Deus não dorme e os justos acabam sempre por triunfar.