O presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), uma agência da ONU, Kanayo Nwanze, declarou hoje que é "obrigatório" duplicar a produção alimentar agrícola até 2050 para assegurar a segurança alimentar no mundo. "É obrigatório duplicar a produção [agrícola mundial] porque, em 2050, a população mundial terá crescido enormemente".
Estas palavras, proferidas numa conferencia de ministros da agricultura do G8 em Itália, levam a uma reflexão profunda sobre o futuro próximo que nos espera.
As teorias mais pessimistas indicam que o grande foco de guerras e instabilidade durante o próximo século será a comida e a água potável, bens que tendem a escassear fruto do aumento da população e do aquecimento global.
Perante este cenário qualquer pessoa se preocupa .Que mundo estamos nós a deixar aos nossos filhos?
Internamente falando, o problema toma outros contornos.A politica de abandono da agricultura levada a cabo pelos nossos governantes toma assim dimensões mais preocupantes.Um pais não pode depender do estrangeiro para alimentar a sua população, pelo menos não inteiramente, é uma questão de defesa nacional.
"A Europa dá imenso jeito", pensam os nossos governantes, "compramos tudo barato lá e escusamos de gastar dinheiro com a agricultura cá dentro".Esta teoria de abastecer lá fora é muito bonita enquanto houver onde abastecer. Que irá acontecer daqui a 20 ou 30 anos quando os ingleses franceses e alemães não produzirem o suficiente para alimentarem os que lá vivem?Isso será mais ou menos na mesma altura em que os Estados Unidos estarão na mesma situação seguidos dos países da América Latina e por ai adiante.
Que ninguém se engane, duplicar a produção agrícola mundial é uma tarefa gigantesca com custos ambientais, (derivados da intensificação do uso de pesticidas e adubos, de gasóleo e das desflorestações necessárias), elevadíssimos. Ninguém está neste momento preparado para seguramente dizer como poderá isso ser feito e de que maneira o faremos sem darmos cabo do pouco planeta que ainda conseguimos preservar.Caminhamos a passos largos para um paradigma:Temos de produzir para sobreviver e se produzirmos deixamos de ter condições para o fazer.
Esta visão alarmista, partilhada porem por diversos autores mais versados na matéria do que eu, leva-me a outro pensamento:Porque não investir na agricultura?
Este país está pelas pontas. Industria, a pouca que resta está quase condenada, a fuga para países de mão de obra barata e a recessão estão a dar uma machadada, que muitos temem ser fatal, no tecido industrial português. Obras publicas é outra borrada, fazer TGV´s e aeroportos quando há pessoas com fome não me parece a melhor ideia mas enfim... Sobra-nos o turismo e o sector primário. A falta de apoios ao sector primário com a constante devolução de dinheiros a Bruxelas parece-me assim uma asneira ainda maior.
Daqui por 20 anos vivemos do que? Andamos todos a servir as mesas no Algarve? Não dá somos muitos. Andamos a passear de TGV e a apanhar aviões nos aeroportos? Não dá não temos dinheiro. Trabalhamos nas fabricas? Não dá estão todas no bangladesh. Trabalhamos na agricultura? Não dá houve ai um governo liderado por um pretenso engenheiro com um economista de bigode na pasta que rebentou com isso tudo. E como comemos? os nossos irmãos europeus que usaram os subsídios por nós desperdiçados há 20 anos estão mal também e não nos vendem mais paparoca a preços razoáveis. O resto do mundo gostava de ter para eles quanto mais para os outros, e Portugal? como alimenta os seus 10 0u 12 milhões de macacos?
Pergunto eu, a continuar assim como vivemos daqui a 20 anos em Portugal?
2 comments:
Meu caro em acho que com este Ministro da Agricultura não chegamos ao fim de 2010 qt mais daqui a 20 anos...
vais viver na merda feita por estes paneleiros socialistas...
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