Renovação?

Nestas eleições europeias, as primeiras da trilogia que se vai viver em Portugal neste ano, existe um confronto entre as várias perspectivas sobre o papel do Parlamento Europeu e da Europa. Mais em concreto sobre o papel dos deputados nas instituições europeias.


As eleições europeias foram uma óptima novidade para os partidos políticos em Portugal; mais um tacho para distribuir, ainda por cima um bom tacho e que não era pago por nós. Assim, historicamente, as principais características para se ser deputado europeu têm sido (i) um velho histórico que vai ter uma reforma dourada (ii) um puto mimado que esteve muitos anos ao serviço das J's e que agora tem um ego que já não cabe em Portugal e é preciso arrumar (iii) um chato que se está a tornar inconveniente e que é preciso despachar num exílio dourado para ver se deixa a direcção partidária sossegada.


Nestas eleições, independentemente do resto das listas que ainda contêm alguns destes espécimes, constato que os cabeças de lista já não se enquadram totalmente nos esterótipos acima indicados.


Nestas eleições, a principal discussão até ao momento tem-se centrado no renovação geracional dos protagonistas.


O P.S. apresenta um ex-comunista, fervoroso, igual ao avô cantigas, que tem vociferado alto e bom som contra tudo o que mexe. Vital Moreira, seja nos blogs seja nos jornais, tem-se mostrado um puto birrento que não suporta ficar sem a última palavra e vai, por isso, respondendo a qualquer som, por mais pacífico que seja, do outro lado da barricada.


No PSD aparece uma jovem promessa, que se tem distinguido nas lides parlamentares, mas que tem o mesmo problema que o avô cantigas, diarreia verbal... Desde que se anunciou como cabeça de lista ainda não houve 5 minutos na internet em que não aparecesse uma nova "declaração" de Paulo Rangel, com uma resposta à resposta, com réplicas e tréplicas à mistura...


O PCP está à imagem do líder, tudo na mesma como a lesma... As mesmas caras vão trazer, provavelmente, a mesma campanha, até o Saramago volta a aparecer, como sempre em lugar não elegível naquelas listas...


No CDS aparece a tal renovação geracional... Pelo menos no que diz respeito ao Parlamento Europeu. Quanto às caras já são conhecidas, os cabeças de lista (a primeira lista com três cabeças, qual Cerbero guarda dos antros infernais") são velhos conhecidos do partido que se têm destacado nas lides parlamentares, sendo o Diogo Feyo, na minha opinião, um dos melhores deputados que existe actualmente no parlamento. Quanto a Teresa Caeiro é uma hipótese (ainda que remota pois vai em número 3) de voltar ao parlamento europeu onde começou a sua carreira. Não tendo conseguido arranjar um Ás de Trunfo Portas jogas três manilhas que podem ajudar a ganhar o jogo...


No Bloco ainda não há candidato, no entanto, com Joana Amaral Dias fora do baralho a hipótese de existir um candidato "à altura" fica desde logo afastada..


Nesta época de europeias, e tendo em conta o principal tópico de discussão, não posso deixar de destacar a principal renovação do Panorama Nacional... Não, não estou a falar na renovação do Jesualdo Ferreira, estou sim a falar da aposta, no meu entender conseguida, da Triumph Portugal que, após a cessação de contrato com a Cláudia Vieira, arranjou uma substituta à altura para combater a crise que está nas ruas... Numa época em que se fala muito nos cartazes da Manuela Ferreira Leite e do Vital Moreira, aqui fica, para mim, a melhor candidata ao parlamento europeu: