O eurodeputado social-democrata Mário David exortou hoje o escritor José Saramago a renunciar à cidadania portuguesa por se sentir “envergonhado” com as recentes declarações do Nobel da Literatura sobre a Bíblia.
E eu também acho: Sr. Saramago, já que vive nas Canárias há muitos anos e, nessa medida, está em condições de pedir a nacionalidade espanhola, faça-nos um favor e não hesite, entregue o requerimento!
5 comments:
Se isto fosse um comentário, pedia ao moderador para o remover. Mas como é um post, não posso.
Ainda bem que há liberdade de ezpressão e é possível ter ideias diferentes! Já o camarada Sócrates pensa da mesma maneira, mas tem tido, de uma forma ou de outra, bastante mais sucesso que o caro Eddie Felson!
Viriato, venho apenas gabar a tua fina ironia de vires defender a liberdade de expressão face ao post que escreveste.
Há a liberdade de expressão para ofender (Saramago) e a liberdade de expressão para ficar ofendido e contra-ofender o ofendedor pedindo-lhe para ficar por Lanzarote (Viriato e os demais, onde eu me incluo)... Nada de mais...
Um senhor que andou, no pós 25 de Abril, a fazer o que fez pelo Diário de Notícias, sendo o cabecilha da maior campanha de saneamentos inominados de que há memória, não pode (ou pelo menos não deveria ter essa moral) socorrer-se da justiça da não discriminação...
Não tenho orgulho nenhum no Saramago, assim como muita gente na sociedade portuguesa não tem. Não tanto pelo que ele escreve mais mais pelo que ele diz da boca para fora e do que ele representa (o comunismo da linha mais ortodoxa possível)... Não é pelo facto de ter ganho um prémio nobel que o vejo com melhores olhos do que a um Cunhal...
Tenho a sorte de nunca ter lido um livro deste homem que parece o Prof. Ludovico dos livros do Patinhas (com um ar muito mais antipático) e digo que seguramente nunca hei-de ler nenhum livro dele. Antes dos livros dele, estão milhões de outros, que ainda não li e que concerteza me darão muito maior prazer do que a prosa de um homem que me irrita profundamente.
Um prémio Nobel, que o foi arrancado a ferros, com anos de lobbies a trabalhar para ele. Ainda me lembro da azia de alguns, em cada ano sem o prémio sonhado.
Um homem cujo manual de bons costumes parece ser a biografia do seu alter ego Estaline.
Em suma, uma verdadeira besta do apocalipse.
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