A conferência episcopal veio advertir os católicos sobre os perigos de algumas políticas sociais defendidas por alguns partidos políticos, mais concretamente sobre o casamento do homossexuais.
Logo vieram os arautos do costume, na pessoa do Dr. Vitalino Canas aventar que "Os partidos políticos não se metem na religião e do mesmo modo as entidades religiosas não devem fazer apelo ao voto. Será bom que cada instituição fique na sua esfera de influência"ou mesmo os histéricos dos jotistas socialistas que acrescentam "A campanha para as próximas legislativas é para os partidos políticos debaterem as suas propostas. Não me parece que seja o tempo para a Igreja Católica interferir".
Sinceramente não percebo esta gente, porque é que eles acham que tudo cai na esfera da política e mais ninguém na sociedade se deve imiscuir.
Uma coisa seria dizer, esta questão não é política, por isso o PS compromete-se com um referendo. Aqui sim, abria-se a porta para a discussão na sociedade e a igreja, como instituição preocupada com todas as questões sociais e com posições perfeitamente delineadas, cumpria os seus desígnios participando na questão em concreto, sem fazer apelos a votos neste ou naquele partido político.
Outra coisa perfeitamente diferente, como eles pretendem e como vão introduzir no seu programa de governo, é colocar a questão na esfera de opção indissociável de todo o outro conjunto de políticas a apresentar ao eleitorado, do género, queres um choque fiscal para combater os "ricos" tens de comer com o casamento dos homossexuais.
Este é o verdadeiro problema e a verdadeira questão. Se o PS insiste em tacticismos eleitorais e resolve misturar alhos com bugalhos, meter questões sociais que dividem a sociedade no meio do seu programa político, com o claro intuito de confundir o debate eleitoral e afastar as atenções da merda que foi o seu governo, não tem como ficar ofendido com uma posição da igreja nesse debate, porquanto a questão nunca irá ser debatida noutra sede.
Acresce ainda que o PS tem pessoas que sabem ver sondagens e fazer estudos de opinião. Tais pessoas já os informaram que, por si só, o "NÃO" provavelmente perderá. Ou seja, um referendo lá para o meio do mandato (em princípio de maioria simples na A.R.), pode ser muito inconveniente, pode até vir a fazer cair um governo.
Mesmo os próprios homossexuais deveriam questionar-se se esta é, realmente, a melhor solução. Será que eles não querem discutir a sério esta questão? Será que não querem saber as opiniões de toda a sociedade portuguesa sobre o assunto? Será que a dignidade da sua condição se compadece em serem mais um ponto no programa de governo do P.S.?
Assim, ou o PS tira esse assunto do programa político do seu partido, ou terá de se conformar em ouvir os representantes da igreja a tomar posição sobre o mesmo, apelando ao não voto nos partidos que, abertamente, são contra os seus princípios fundamentais.
p.s. o título do post não tem nada a ver com o conteúdo, mas atento a matéria tratada, não sei porquê, achei que se adequava...
Wednesday, February 11, 2009
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1 comment:
De facto é interessante a mentalidade desta gente...
Dou ao cariz da politica e da liberdade aquilo que lhes dá jeito...
Aqui fica de uma vez por toda o que é politica:
O termo política é derivado do
grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, colectividade e outras definições referentes à vida urbana.
Assim todos podem e devem contribuir para a politica pois esta obriga todos os membros dessa sociedade.
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