Monday, November 10, 2008

70 % do que se come é merd*...

Hoje li noticia que alerta par o facto de cerca de 70% do que comemos vem do estrangeiro, tema esse que foi abordado num colóquio Nacional de Horticultura Protegida, que decorreu na Póvoa de Varzim, dai ter aparecido esta notícia, como se fosse uma novidade…

Este facto como é deveras preocupante, deixo aqui algumas considerações, pois a gravidade é tal que se por qualquer razão as fronteiras fechassem o país morreria à fome…

Assim é importante alertar para este facto alertando para importância da agricultura nacional, que nos últimos anos tem sido insultada e maltratada pelo actual ministro, que em vez de defender o sector defendendo assim um património que não deve ser alienado (as razões são mais que evidentes). E o mais gravoso é que o povo português vai na conversa dos seus governantes e vê também ele nos agricultores, uma classe parasitária e sem qualquer propósito…

Comprovado o falhanço da economia agrícola nacional, é importante regulamentar os incentivos, e de forma atempada que estes cheguem aos agricultores (e não estarem sempre os agricultures, para prejuízo próprio e da economia nacional, a ser os constantes financiadores da má gestão do estado) para que lhes permitiria competir nos mercados estrangeiros, tal como acontece com todos os outros parceiros comunitários.

O facto é que neste momento, dependemos em 70% do exterior. E se a actual politica continuar a malta da cidade qualquer dia só como é merd*…, ou comida de plástico ainda por cima feita pelos outros, mas com a mentalidade típica da “cidade” devem dizer que é plástico importado logo é um plástico groumet…

E depois de forma tardia vou dar valor, ao pão feito com trigo alentejano, de uma alheira de Mirandela, de uma laranja algarvia, de um azeite de Trás-os-Montes ou de uma simples couve portuguesa.

Bem aqui o alerta em forma de desabafo…

8 comments:

D.P.V said...

Tens toda a razão, eu ,pessoalmente,só compro produtos portugueses.
Defeito de profissão com certeza mas não me importo de pagar mais uns centimos e trazer para casa produtos made in Portugal.
Se todos os portugueses tivessem esse cuidado, não só comiam melhor como ajudavam as empresas portuguesas, e , assim , talvez não fossemos tão dependentes do estrangeiro.
Deixo aqui um desafio aos (poucos) leitores deste blogue:
Proxima vez que forem ao super olhem para a proveniencia dos produtos e comprem nacional.Não custa (quase) nada e estão a ajudar os vossos, alem de que vão melhor servidos.

António de Almeida said...

-Por mim não existiam sequer subsídios, nem fixação de preços, seja em Portugal, na U.E. ou nos EUA (que a agricultura por lá também é fortemente subsidiada). E acredito que perante uma total e livre concorrência não seria Portugal a perder, porque os nossos produtos regra geral são bons. Compro produtos portugueses, mas também compro estrangeiros de proveniência, por ex. massas frescas italianas. Julgo que Portugal terá cada vez mais a ganhar com produtos certificados, uma vez que não conseguimos produzir em quantidade suficiente para satisfazer sequer a procura interna, veja-se o azeite e vinho alentejano, com preços mais caros vendem-se mais do que outras regiões. De Norte a Sul Portugal tem potencialidades para explorar, a questão dos subsídios englobo-a no âmbito da concorrencia com outros que também são subsidiados, caso ninguém o fosse o mercado funcionaria por si de forma mais justa, as necessidades estão lá.

Anonymous said...

Caro António,

Para tal era necessário que funcionasse o mercado completamente livre e ai a agricultura europeia ia acabar (claro existe sempre espaço para alimentos primium), pois os custos de produção na Ásia, América do Sul são substancialmente menores (pois não existe segurança social, o ordenado mínimo se existe é microscópico, preocupações ambientais são inexistentes, etc).

Como no actual contexto existe os subsídios e é esta a realidade (que garante a existência da agricultura europeia, com todos os benefícios não só do ponto de vista económico, assim como social ambiental, social etc), logo é importante que estes cheguem a tempo e horas aos agricultores pois de outra forma não estão em pé de igualdade com os seus parceiros económicos.

E o resultado está à vista…

Anonymous said...

Caro António de Almeida o Sr. fala muito bem, argumentos aparentemente bem estruturados, mas... valem zero sabe porquê?
Porque sem ajudas compensatórias nenhum agricultor português sobrevivia.
Não tenha a menor dúvida:
- Produzir um kg de carne limpa em Portugal custa entre 4 a 5 euros e o melhor preço que o meu amigo consegue vender os seus animais é a 3,60 euros carcaça ou seja com osso;
- um Kg de cereal para o seu saboroso pão custa produzir 35 a 40 centimos e o agricultor subsidio-dependente vende-o na melhor da hipóteses a 20 a 25 cêntimos o Kg.

Quer mais exemplos eu dou-lhe o que for preciso. Lamentável é as pessoas falarem do que não sabem, lá porque têm uma formação académica que não lhes dá qualquer tipo de bases para falar de tudo e mais alguma coisa. A palavra subsidio devia ser proibida porque aquilo que o PANELEIRO do jaime silva despacha, sim despacha porque o dinheiro não é dele, chamam-se AJUDAS COMPENSATÓRIAS. PERCEBEU???????? Explique isso nas suas cidades de merda como são Lisboa e Porto...

Anonymous said...

GRANDE ANÓNIMO. MAIS NADA E QUEM FALA ASSIM NÃO SÓ NÃO É GAGO, COMO SABE BEM DO QUE FALA!!!!

APOIADO!!!

Anonymous said...

Finalmente algum assunto de jeito neste blogue...

Fora com o futebol e os copinhos de leite da cidade...

Viva aos agricultores portugueses...

António de Almeida said...

-Meus caros, eu sou defensor da agricultura portuguesa, também compro pordutos importados, nomeadamente carne argentina ou brasileira, porque gosto, mas não prescindo de forma alguma da carne alentejana, representa mais de metade do meu consumo, ou mesmo duma boa carne mirandesa. Quanto aos suibsídios, defendo que sejam extintos mas não sou anjinho, Portugal não teria qualquer dificuldade de viver sem subsidios se os concorrentes também não os recebessem. Mas não falo apenas da U.E., falo também do Midwest americano ou do Brasil. Ou comem todos ou há moralidade, neste caso comem todos, e como alguém disse muito bem num comentário acima, já que eles existem que sejam pagos a tempo e horas. Óbvio. Mas continuo a acreditar que precisamos de subsídios porque outros os recebem, e aí sim, os agricultores portugueses faliam num ápice, mas em mercado concorrencial, em pé de igualdade? lamento mas acredito na qualidade dos produtos portugueses, por isso afirmo que a agricultura continuaria a ser viável. Outra questão, sem subsídios os preços subiriam globalmente, mas reparem, os subsídios são pagos pelos contribuintes, tal extinção teria de ser enquadrada numa redução de impostos. Em Portugal o estado gasta 46% do PIB (dinheiro arrecadado através de impostos), eu gostaria que se verificasse uma redução para fixar entre 20 a 25% a despesa pública. Explicar num comentário todas as consequências de tão drástico corte seria fastidioso. Uma coisa é fazer um comentário com base em teroria económica, outra muito diferente é comentar uma situação concreta, porque a primeira faço-o em tese, a segunda tenho de observar a realidade à minha volta (outros países concorrentes neste caso).

Anonymous said...

Caro António,

De facto o importante é a realidade à nossa volta.

A teoria utópica de que fala não passa de isso mesmo, utopia. Como qualquer outro livro de príncipes e princesas.

Pois a realidade da agricultura portuguesa tem mais de um filme terror, como o Jaime Silva como principal protagonista…

Mas como é amigo especial do Pinto de Sousa lá se vai mantendo no pseudo-cargo. É a vida que merecemos.

Mas temos que fazer algo para merecer uma melhor e estas linhas são um primeiro passo.

Há que defender os direitos de todos os cidadãos.