
«O F.C. Porto cada vez mais aparece como potência do nosso futebol, capaz de conseguir a hegemonia e é claro que isto preocupa o Benfica e o Sporting»
Há 25 anos deixou-nos o homem que mudou a face do futebol português para sempre. O Sporting praticamente deixou de ser um grande, enquanto equipa de futebol, e o Benfica perdeu para sempre a sua hegemonia. O homem que conseguiu triunfar na era em que dois clubes de Lisboa dividiam a seu bel prazer os títulos, a federação, a selecção, os árbitros, os conselhos de disciplina, os locais e as horas em que jogos eram jogados ou desmarcados, que entravam nas cabines dos árbitros, que tinha o beneplácito dos regimes. Tudo isso acabou. E o futebol português fez-se maior. Com essa raça portista se fez a fabulosa selecção do Euro 84 que tanto nos fez sonhar. O clube de bairro regional foi medir forças com a melhor equipa da década de 80, a Juventus de Platini e Trapattoni. E as crianças... As crianças que como eu, nasceram depois 1978 já não tiveram que ver um futebol português bicéfalo e só se recordam de um grande clube europeu que não se cansa de ganhar. Grande Futebol Clube do Porto. E pensar que tudo começou com este homem e o rastilho por ele acendido.