Friday, February 27, 2009
Muito bom...
Esta manhã como é habitual na casa do treinador do Sporting, a mulher do Paulo Bento diz:
- Acorda Paulo que já são 6.
- O quê? Já marcaram outro?
Roubado indecentemente aqui
- Acorda Paulo que já são 6.
- O quê? Já marcaram outro?
Roubado indecentemente aqui
Thursday, February 26, 2009
Segredo para quem?
Parece que o nosso PGR está a querer atirar areia para os olhos de toda a gente e se prepara para ogolpe de teatro de levantar o segredo de justiça no processo Freeport.
Mas a questão que se levanta é "que segredo esconde este processo"?
As cartas rogatórias, protegidas pelo segredo, foram reveladas por um jornal...
Antes dos juízes proferirem as medidas de coacção aplicáveis, já as mesmas tinham saído nos onlines...
A procuradora responsável pelo processo desdobra-se em entrevistas, em todos os canais televisivos, a justificar os injustificáveis...
Antes de estar concluído o inquérito, já toda a gente sabe que a montanha irá parir um rato...
Por isso pretende-se saber para qual o segredo que ele pretende levantar?
Se alguém estivesse preocupado com o segredo prendiam-se pessoas que o violavam, investigavam-se as fugas, mas não. A tese é outra, já que não os podes vencer junta-te a eles.
É inquestionável que o segredo de justiça é importante para as investigações, ainda mais numa investigação de possível corrupção. O facto de o M.P. não o conseguir manter não deve ser justificação para acabar com este expediente...
Tanto se queixam com processos na praça pública e vão agora permitir o acesso de toda a praça pública a informação não confirmada, a factos não cabalmente investigados e esclarecidos, enfim, vão permitir uma campanha de contra-informação ainda maior do que a que já existe.
Mas com uma diferença, antes os jornais escreviam as coisas e as pessoas não sabiam se eram mesmo verdade, as fontes próximas do processo nem sempre eram correctas e podia-se deduzir que metade daquilo era invenção. Agora, com o acesso ilimitado ao processo, a única certeza que podemos ter é que a informação consta, efectivamente, na investigação em cruso, se foi ou não tratada, se é ou não conclusiva e suficiente para incriminar não o saberemos, deixamos isso à "boa-fé" e discernimento dos jornalistas que a vão interpretar...
belo serviço!
Mas a questão que se levanta é "que segredo esconde este processo"?
As cartas rogatórias, protegidas pelo segredo, foram reveladas por um jornal...
Antes dos juízes proferirem as medidas de coacção aplicáveis, já as mesmas tinham saído nos onlines...
A procuradora responsável pelo processo desdobra-se em entrevistas, em todos os canais televisivos, a justificar os injustificáveis...
Antes de estar concluído o inquérito, já toda a gente sabe que a montanha irá parir um rato...
Por isso pretende-se saber para qual o segredo que ele pretende levantar?
Se alguém estivesse preocupado com o segredo prendiam-se pessoas que o violavam, investigavam-se as fugas, mas não. A tese é outra, já que não os podes vencer junta-te a eles.
É inquestionável que o segredo de justiça é importante para as investigações, ainda mais numa investigação de possível corrupção. O facto de o M.P. não o conseguir manter não deve ser justificação para acabar com este expediente...
Tanto se queixam com processos na praça pública e vão agora permitir o acesso de toda a praça pública a informação não confirmada, a factos não cabalmente investigados e esclarecidos, enfim, vão permitir uma campanha de contra-informação ainda maior do que a que já existe.
Mas com uma diferença, antes os jornais escreviam as coisas e as pessoas não sabiam se eram mesmo verdade, as fontes próximas do processo nem sempre eram correctas e podia-se deduzir que metade daquilo era invenção. Agora, com o acesso ilimitado ao processo, a única certeza que podemos ter é que a informação consta, efectivamente, na investigação em cruso, se foi ou não tratada, se é ou não conclusiva e suficiente para incriminar não o saberemos, deixamos isso à "boa-fé" e discernimento dos jornalistas que a vão interpretar...
belo serviço!
Cenas, coisas e tal...
Na próxima sexta-feira, às 18h30 na Fnac do Chiado é lançado o livro "Bicicletas para memórias e invenções 4" do qual é co-autor o Francisco, um dos nossos mais fiéis leitores.
Para quem ainda não leu, recomendamos vivamente uma passagem no Cenas, Coisas e Tal... para apreciar o estilo.
Fiel adepto do Belém passou a residir também num novo blog futebolistico chamado O Meu É Maior Que O Teu.
Wednesday, February 25, 2009
Vergonha
Sócrates reforça número de mulheres no Secretariado Nacional do PS para cumprir Lei da Paridade
Revela-se, aqui, a falácia desta lei.
Qual das mulheres socialistas é que quererá, depois desta notícia, pertencer a tão distinto orgão?
Qual das mulheres socialistas se quer sujeitar a ser nomeada/eleita apenas porque é mulher e não porque mereça estar no mencionado cargo?
Revela-se, aqui, a falácia desta lei.
Qual das mulheres socialistas é que quererá, depois desta notícia, pertencer a tão distinto orgão?
Qual das mulheres socialistas se quer sujeitar a ser nomeada/eleita apenas porque é mulher e não porque mereça estar no mencionado cargo?
Monday, February 23, 2009
Friday, February 20, 2009
Mais uma da famigerada "campanha negra"...
Não deixam o nosso Primeiro-Ministro em paz! Coitadinho dele... andam sempre a levantar casos da sua vida perfeitamente normais...perfeitamente normais...
Wednesday, February 18, 2009
Meias fugas de informação...
Hoje (quinta-feira às 00.00) ficámos a saber que já há arguidos no caso Freeport, só não se sabe quem, nem quantos....Até já as fugas de informação estão em crise no país do charlatão....
Tuesday, February 17, 2009
Eles gostam é de "malhar" na direita!
É certo e sabido, (aposto com quem quiser) que Pedro Passos Coelho vai ser o sucessor de José Sócrates à frente do Governo. Mas o caminho não se fará de uma marcha triunfal até ao poder. Falta ainda saber qual vai ser o chavão de mais esta vítima da rotulagem que sempre se faz aos intérpretes da direita portuguesa desde o 25 de Abril.
Concretizemos aquilo que digo. Os líderes da direita aqui ou ali diferirão a espaços ou em certos aspectos dos lideres daquilo a que se pode chamar a esquerda democrática, i.e., o partido socialista. Contudo há sempre uma diferença fundamental. A rotulagem! Há sempre um chavão pronto a colar a qualquer um deles.
Na breve resenha histórica, talvez muitos já não se lembrem mas Francisco Sá Carneiro foi para a esquerda e para a imprensa um fascista encapotado. A ele como a Francisco Pinto Balsemão colaram ainda a fama de “playboy”, num exercício de pura hipocrisia de uma facção da sociedade portuguesa que se dizia modera e libertária. Já a Cavaco Silva a partir do final da década de oitenta conseguiram colar a imagem de o “Novo Salazar”. Cavaco Silva era autoritário, seco, conservador, não sorria, não dialogava, não criava empatia com o povo (que por acaso lhe deu a maior maioria absoluta da história de Portugal). Marcelo Rebelo de Sousa era apresentado como o miúdo travesso, que punha palitos nas campainhas das portas e telefonava anónimo com ameaças de bomba para interromper votações na Assembleia da República ou Congressos do PSD. Nessa altura Durão Barroso é que era bom. Escusado será recordar a imagem de autêntico “banana” que colaram ao actual Presidente da Comissão Europeia entre 1999 e 2001 altura em que chegou ao Governo, supostamente “sem saber ler nem escrever”. Nesse ano já era Santana Lopes que era bom para todos os analistas. Penso que não valerá a pena escalpelizar o que foi feito da aura de Santana Lopes assim que aterrou em São Bento. Na noite da hecatombe eleitoral de 2005, já era, para a opinião dominante, Marques Mendes que era o salvador que ia devolver o respeito e a dignidade à direita. Mesmo ganhando todos os actos eleitorais em que participou Marque Mendes tornou-se outro “banana”. Um líder fraco, que não motiva, não entusiasma. No caso de Luís Filipe Menezes concedo que nem precisaram de lhe inventar rótulos. Ele tratou disso sozinho. Com Ferreira Leite voltámos à lengalenga do cinzentismo e do obscurantismo. Mais do mesmo. Já estamos habituados.
Isto é tão mais impressionante quanto tivemos líderes praticamente inábeis na esquerda (Carvalhas, Constâncio, Sampaio, Almeida Santos, Ferro) e primeiros-ministros que saíram deixando o país depenado. Mas tudo parece passar-lhe ao lado. São sempre um reserva moral do regime e a sua actuação enquanto líderes da oposição, embora também não facilitada pela imprensa – a imprensa protege sempre os governos – não assume contudo esta dimensão do chavão fácil com que as conversa de café, cabeleireiros e blogues se enchem.
Qual será a rotulagem que espera Passos Coelho? Um curso tardio? Um casamento falhado com um elemento das Doce? Um perigoso ultra liberal selvático? Saberemos muito em breve. João Manuel Tavares já começou o servicinho no Diário de Notícias de hoje.
Ou será que vamos parar de engolir esta treta toda?
Etiquetas:
Chavões,
Comunicação Social,
Direita,
Pedro Passos Coelho
Monday, February 16, 2009
Democracia em movimento
Estou ansioso por saber o que vão dizer os democratas amigalhaços do chavez sobre o resultado deste fds do ditadorzeco venezuelano.Carregamos mais um contentor de Magalhães?
Sim nós recebemos!
A excitação que foi neste pais este fds.Cavaco e Sócrates receberam uma carta de Obama!!
Um copy paste de uma mesmíssima carta que foi enviada a centenas de lideres por esse mundo fora, só cá no burgo é que fizeram cabeçalhos de jornais.
Imagino a excitação em S.Bento e em Belém quando começam a receber cartões de boas festas....
Um copy paste de uma mesmíssima carta que foi enviada a centenas de lideres por esse mundo fora, só cá no burgo é que fizeram cabeçalhos de jornais.
Imagino a excitação em S.Bento e em Belém quando começam a receber cartões de boas festas....
Friday, February 13, 2009
007 Tuga
Mais uma vez a manifesta incompetência tuga fez vitimas.A lembrar artistas de outros tempos, resolvemos, outra vez, revelar as caras e os nomes dos homens que compõem a nossa secreta.Desta vez só tiveram acesso a lista, com foto, umas centenas de funcionários públicos.
Mas se formos a analisar o caso com frieza, a coisa não é assim tão grave.Para que é que nós precisamos de uma secreta?
Temos subornos a políticos, subornos a árbitros de futebol, presidentes de câmara que estiveram foragidos no Brasil e andam ai a pagar as suas defesas em tribunal com dinheiro dos contribuintes,temos banqueiros que fazem buracos de milhares de milhões de euros, temos luvas por todo o lado, mesmo quando não faz frio. Ninguém descobre nada, para que serve a secreta?
Com tanto crime em Portugal seria de esperar que fizessem uma prisão de vez em quando, assim fazes tu assim fazem eles, preso só mesmo quem tem muita falta de jeito.
Nem os terroristas querem saber deste cantinho a beira mar plantado. Somos o único pais do mundo que importa terroristas!Está a chegar uma palete deles, directamente de Guantanamo.
Por tudo isto até não é má ideia revelarem as fotografias deles.Que diabo assim sempre sabemos quem são para pedirmos satisfações na rua, "tu é que és o gajo da secreta? então vamos lá a saber: quem é o Pinóquio?".
Uma verdadeira "campanha negra"!
O homem é só azares...!
Parece que sim, Sócrates está a ser vítima de uma, imagine-se .."campanha negra".
Parece que sim, Sócrates está a ser vítima de uma, imagine-se .."campanha negra".
Uma "campanha negra" que não é de agora:
- No dia 13 de Fevereiro de 1992 aparece na Assembleia da República um Registo Biográfico FALSIFICADO com a sua própria letra. Até hoje, NINGUÉM foi capaz ainda de explicar como foi possível aparecerem 2 cópias escritas por ele próprio, cada uma delas com informações diferentes sobre as suas habilitações literárias e profissionais;
- No dia 8 de Setembro de 1996, a um DOMINGO, enquanto grande parte dos portugueses ia à missa, José Sócrates "licenciou-se" em "engenharia civil". Já nem vale a pena falar na "campanha negra" que foi a equivalência de 26 disciplinas, no exame por FAX ou no amigo-professor-António Morais que lhe fez os "exames". Mais tarde, no âmbito da mesma "campanha negra", José Sócrates encerra a Universidade que lhe deu o curso, face ao conjunto de vergonhas que se foi sabendo, e antes que se viesse a saber mais alguma coisa.
- Em 13 de Maio de 2008, há uma "campanha negra" que apanha José Sócrates a fumar num avião desobedecendo, em absoluto, àquilo que ele próprio tinha legislado e que antes mesmo já não era permitido em aviões. Queixinhas, informou os jornalistas que não tinha sido só ele, também o Ministro Manuel Pinho o tinha feito. E para completar a "campanha negra" ... NÃO PAGOU A MULTA!
- Em 31 de Janeiro de 2008, a "campanha negra" continua. O jornal Público denunciava que Sócrates assinava projectos de casas na Guarda das quais não era o autor mas sim Manuel Caldeira, funcionário da câmara municipal da Guarda e um colega de "curso" da Universidade Independente (dos 22 projectos localizados por amostragem, 16 foram aprovados em menos de um mês; desses houve nove aprovados em menos de dez dias e, destes, três em menos de três dias).
Desta "campanha negra" voltou-se recentemente a falar quando o Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente, também este colega de "curso" de Sócrates na Universidade Independente (irrra ...sempre a Independente) e autor de um dos projectos que Sócrates assinou, arquivou um inquérito feito a este caso por uma comissão "independente" constituída por empregados ... da própria autarquia!
- Em 13 de Maio de 2008, há uma "campanha negra" que apanha José Sócrates a fumar num avião desobedecendo, em absoluto, àquilo que ele próprio tinha legislado e que antes mesmo já não era permitido em aviões. Queixinhas, informou os jornalistas que não tinha sido só ele, também o Ministro Manuel Pinho o tinha feito. E para completar a "campanha negra" ... NÃO PAGOU A MULTA!
- Em 31 de Janeiro de 2008, a "campanha negra" continua. O jornal Público denunciava que Sócrates assinava projectos de casas na Guarda das quais não era o autor mas sim Manuel Caldeira, funcionário da câmara municipal da Guarda e um colega de "curso" da Universidade Independente (dos 22 projectos localizados por amostragem, 16 foram aprovados em menos de um mês; desses houve nove aprovados em menos de dez dias e, destes, três em menos de três dias).
Desta "campanha negra" voltou-se recentemente a falar quando o Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente, também este colega de "curso" de Sócrates na Universidade Independente (irrra ...sempre a Independente) e autor de um dos projectos que Sócrates assinou, arquivou um inquérito feito a este caso por uma comissão "independente" constituída por empregados ... da própria autarquia!
- Agora, é o caso Freeport. Parece que tudo está claro, estão-lhe a montar uma "campanha negra", basta dizer que o tio que lhe diz que "alguém" quer 4 milhões de luvas, não o leva imediatamente a chamar a Judiciária nem o Ministério Público para denunciar o caso! PORQUÊ??
Thursday, February 12, 2009
O gajo é mesmo HIPÓCRITA
HIPÓCRITA:
Sócrates, qual virgem ofendida, dizia ontem no parlamento:
"não me espanta porque o PSD já desenvolveu essa campanha [a tal campanha negra] há quatro anos e procura agora desenvolvê-la na mesma, afixando cartazes com ataques pessoais"
Com a ajuda do Carlos Nunes Lopes do 31 da Armada, vamos ver o que é, verdadeiramente, uma camapanha negra com cartazes contendo ataques pessoais:
cartaz do PS, Legislativa 2005
Cartaz do PS, 2005
Cartaz do PS, Dez. de 2004
Cartaz do PS, 2005
Wednesday, February 11, 2009
Demagocia intolerável
Desta vez o PM esticou-se.
Esticou-se muito e para fora de pé, claramente.Não é nada boa idéia, na minha maneira de ver, irritar esta malta.Estamos a falar de dezenas de milhares de empregos, só na Jerónimo Martins. Ainda faltam os outros todos aos quais Sócrates, na espiral de demagogia e eleitoralismo em que entrou para fazer esquecer as luvas do freeport, resolveu pisar os calos.
Porque não se governa só com o ar e porque o bloco ainda não chegou ao poder, eu acho que esta medida tem claramente de ser revista. Como diziam aqui no post abaixo o objectivo não é acabar com os ricos é acabar com os pobres. Sócrates por este andar, acaba é com os dois e pelo meio, acaba com resto.
PS:Ainda há quem esteja do lado de Socrates, este camarada, pelo menos, submete-se ao ridiculo para não incomodar o chefe.
Dai a Sócrates o que é de Sócrates..
A conferência episcopal veio advertir os católicos sobre os perigos de algumas políticas sociais defendidas por alguns partidos políticos, mais concretamente sobre o casamento do homossexuais.
Logo vieram os arautos do costume, na pessoa do Dr. Vitalino Canas aventar que "Os partidos políticos não se metem na religião e do mesmo modo as entidades religiosas não devem fazer apelo ao voto. Será bom que cada instituição fique na sua esfera de influência"ou mesmo os histéricos dos jotistas socialistas que acrescentam "A campanha para as próximas legislativas é para os partidos políticos debaterem as suas propostas. Não me parece que seja o tempo para a Igreja Católica interferir".
Sinceramente não percebo esta gente, porque é que eles acham que tudo cai na esfera da política e mais ninguém na sociedade se deve imiscuir.
Uma coisa seria dizer, esta questão não é política, por isso o PS compromete-se com um referendo. Aqui sim, abria-se a porta para a discussão na sociedade e a igreja, como instituição preocupada com todas as questões sociais e com posições perfeitamente delineadas, cumpria os seus desígnios participando na questão em concreto, sem fazer apelos a votos neste ou naquele partido político.
Outra coisa perfeitamente diferente, como eles pretendem e como vão introduzir no seu programa de governo, é colocar a questão na esfera de opção indissociável de todo o outro conjunto de políticas a apresentar ao eleitorado, do género, queres um choque fiscal para combater os "ricos" tens de comer com o casamento dos homossexuais.
Este é o verdadeiro problema e a verdadeira questão. Se o PS insiste em tacticismos eleitorais e resolve misturar alhos com bugalhos, meter questões sociais que dividem a sociedade no meio do seu programa político, com o claro intuito de confundir o debate eleitoral e afastar as atenções da merda que foi o seu governo, não tem como ficar ofendido com uma posição da igreja nesse debate, porquanto a questão nunca irá ser debatida noutra sede.
Acresce ainda que o PS tem pessoas que sabem ver sondagens e fazer estudos de opinião. Tais pessoas já os informaram que, por si só, o "NÃO" provavelmente perderá. Ou seja, um referendo lá para o meio do mandato (em princípio de maioria simples na A.R.), pode ser muito inconveniente, pode até vir a fazer cair um governo.
Mesmo os próprios homossexuais deveriam questionar-se se esta é, realmente, a melhor solução. Será que eles não querem discutir a sério esta questão? Será que não querem saber as opiniões de toda a sociedade portuguesa sobre o assunto? Será que a dignidade da sua condição se compadece em serem mais um ponto no programa de governo do P.S.?
Assim, ou o PS tira esse assunto do programa político do seu partido, ou terá de se conformar em ouvir os representantes da igreja a tomar posição sobre o mesmo, apelando ao não voto nos partidos que, abertamente, são contra os seus princípios fundamentais.
p.s. o título do post não tem nada a ver com o conteúdo, mas atento a matéria tratada, não sei porquê, achei que se adequava...
Logo vieram os arautos do costume, na pessoa do Dr. Vitalino Canas aventar que "Os partidos políticos não se metem na religião e do mesmo modo as entidades religiosas não devem fazer apelo ao voto. Será bom que cada instituição fique na sua esfera de influência"ou mesmo os histéricos dos jotistas socialistas que acrescentam "A campanha para as próximas legislativas é para os partidos políticos debaterem as suas propostas. Não me parece que seja o tempo para a Igreja Católica interferir".
Sinceramente não percebo esta gente, porque é que eles acham que tudo cai na esfera da política e mais ninguém na sociedade se deve imiscuir.
Uma coisa seria dizer, esta questão não é política, por isso o PS compromete-se com um referendo. Aqui sim, abria-se a porta para a discussão na sociedade e a igreja, como instituição preocupada com todas as questões sociais e com posições perfeitamente delineadas, cumpria os seus desígnios participando na questão em concreto, sem fazer apelos a votos neste ou naquele partido político.
Outra coisa perfeitamente diferente, como eles pretendem e como vão introduzir no seu programa de governo, é colocar a questão na esfera de opção indissociável de todo o outro conjunto de políticas a apresentar ao eleitorado, do género, queres um choque fiscal para combater os "ricos" tens de comer com o casamento dos homossexuais.
Este é o verdadeiro problema e a verdadeira questão. Se o PS insiste em tacticismos eleitorais e resolve misturar alhos com bugalhos, meter questões sociais que dividem a sociedade no meio do seu programa político, com o claro intuito de confundir o debate eleitoral e afastar as atenções da merda que foi o seu governo, não tem como ficar ofendido com uma posição da igreja nesse debate, porquanto a questão nunca irá ser debatida noutra sede.
Acresce ainda que o PS tem pessoas que sabem ver sondagens e fazer estudos de opinião. Tais pessoas já os informaram que, por si só, o "NÃO" provavelmente perderá. Ou seja, um referendo lá para o meio do mandato (em princípio de maioria simples na A.R.), pode ser muito inconveniente, pode até vir a fazer cair um governo.
Mesmo os próprios homossexuais deveriam questionar-se se esta é, realmente, a melhor solução. Será que eles não querem discutir a sério esta questão? Será que não querem saber as opiniões de toda a sociedade portuguesa sobre o assunto? Será que a dignidade da sua condição se compadece em serem mais um ponto no programa de governo do P.S.?
Assim, ou o PS tira esse assunto do programa político do seu partido, ou terá de se conformar em ouvir os representantes da igreja a tomar posição sobre o mesmo, apelando ao não voto nos partidos que, abertamente, são contra os seus princípios fundamentais.
p.s. o título do post não tem nada a ver com o conteúdo, mas atento a matéria tratada, não sei porquê, achei que se adequava...
Tuesday, February 10, 2009
Está bem... façamos de conta
"Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos."
E que tal acabar com os pobres?
Sócrates vem iniciar uma cruzada contra os ricos neste país, ao melhor estilo da populaça "os ricos que paguem a crise"...
Ainda hoje se conta a famosa estória do pós 25 de abril, quando um líder escandinavo veio a Portugal falar com o primeiro ministro de então, o tal da muralha de aço, que lhe disse que o objectivo da revolução era acabar com os ricos... Ora, o escandinavo, muito espantado, replicou que o objectivo deles era acabar com os pobres.
Vive-se hoje, ciclicamente, mais essa tentação... o famoso prof. dr. não agregado Saldanha Sanches pretende taxar com 50% os rendimentos do "ricos", o P.M. quer acabar com os descontos que os "ricos" fazem relativamente às suas despesas de saúde e de educação com os filhos.
O melhor mesmo é colocar uma fasquia e dizer às restantes pessoas, acima dessa fasquia, que o país, pura e simplesmente, não está interessado que elas vivam cá.
Já agora, Sócrates diz, à boca cheia, que é fácil identificar os ricos, como é que isso se vai fazer? Será só através dos rendimento, ou vão andar a verificar as contas bancárias e a fazer avaliações dos patrimónios das pessoas. Se fizerem isto vão incluir os dinheiros incluídos nas off-shores?
E a venda de "luvas" será que é considerado rendimento ou um ganho extraordinário???
Depois da estória de louçã a explicar que o capital não se reproduz como os coelhinhos, eis que a aparece a face mais populista do P.S. encarnada na pessoa do seu secretário-gera. O problema é que um tem 10% dos votos, o outro propõem-se governar o país...
Este país é de rir...
Ainda hoje se conta a famosa estória do pós 25 de abril, quando um líder escandinavo veio a Portugal falar com o primeiro ministro de então, o tal da muralha de aço, que lhe disse que o objectivo da revolução era acabar com os ricos... Ora, o escandinavo, muito espantado, replicou que o objectivo deles era acabar com os pobres.
Vive-se hoje, ciclicamente, mais essa tentação... o famoso prof. dr. não agregado Saldanha Sanches pretende taxar com 50% os rendimentos do "ricos", o P.M. quer acabar com os descontos que os "ricos" fazem relativamente às suas despesas de saúde e de educação com os filhos.
O melhor mesmo é colocar uma fasquia e dizer às restantes pessoas, acima dessa fasquia, que o país, pura e simplesmente, não está interessado que elas vivam cá.
Já agora, Sócrates diz, à boca cheia, que é fácil identificar os ricos, como é que isso se vai fazer? Será só através dos rendimento, ou vão andar a verificar as contas bancárias e a fazer avaliações dos patrimónios das pessoas. Se fizerem isto vão incluir os dinheiros incluídos nas off-shores?
E a venda de "luvas" será que é considerado rendimento ou um ganho extraordinário???
Depois da estória de louçã a explicar que o capital não se reproduz como os coelhinhos, eis que a aparece a face mais populista do P.S. encarnada na pessoa do seu secretário-gera. O problema é que um tem 10% dos votos, o outro propõem-se governar o país...
Este país é de rir...
Monday, February 9, 2009
Boa nova para Portugal
"trouxe muitas coisas positivas mas infelizmente os resultados e as performances da equipa parecem estar a deteriorar-se num momento crucial da época"
"Sentimos que a mudança [de treinador] tinha de ser feita agora, para nos mantermos na luta pelos troféus e competições em que ainda estamos envolvidos", acrescenta o comunicado"
Este comunicado, feito pelo Chelsea, deveria ser feito pela F.P.F. para justificar, ainda hoje, o despedimento de Queirós...
Como diz um nosso excelso comentador, este país precisa é de sargentos e não de Professores...
Venha de lá o Felipão a ver se ainda vamos a tempo do Mundial...!
Sunday, February 8, 2009
Os limites da estupidez humana
O ser humano não deixa de me surpreender. Quando eu penso que já vi o gajo mais estúpido do mundo, eis que aparece um que, num momento de pura inspiração, consegue, por artes mágicas, fazer ou dizer uma cretinice ainda maior do que aquilo que até a esse momento tínhamos como máximo.
Este fds o record foi de novo batido. Nunca eu tinha visto um árbitro de futebol enterrar-se tanto como o rapazola que dá pelo nome de Pedro Proença. Este iluminado do futebol moderno resolve, num momento de pura inspiração, dar esta entrevista antes do jogo do dragão. Sábias palavras, discurso bonito a remeter para a beleza do jogo e para a paz no mundo.
Tudo estava bem até o Benfica resolver não colaborar. Por colaborar, entenda-se, perder o jogo e dar a vitória ao FCP. Os chatos da luz resolvem, armados ao pingarelho (pensou Pedro Proença), jogar para ganhar o jogo e assim chatear a vida ao árbitro que já devia ter um qualquer cesto de fruta ansiosamente à espera num qualquer calor da noite da invicta.
Pedro Proença resolve então marcar um penalti completamente inventado na sua cabeça que, mais grave ainda, pseudoocorreu a um metro dele!
Pergunto eu: Para que é que falam, para depois virem fazer cenas destas? É assim que Pedro Proença acha que dignifica a arbitragem portuguesa?
2 pontos roubados ao Benfica, descaradamente e sem qualquer pudor. Tanto apito dourado tanta escuta que não deu em nada, e continuamos com a roubalheira do costume.
O que se passou hoje no dragão foi uma vergonha digam o que disserem.
Friday, February 6, 2009
A crise está em crise
Embora não seja prática da casa, deixo-vos um texto não-original que penso merecer ser lido. Trata-se de uma visão irónica sobre a crise. Um reflexo do estado em que desde sempre me lembro de ter vivido. Ou seja, em crise!
"Ou estou fortemente enganado (o que sucede, aliás, com uma frequência notável), ou a história de Portugal é decalcada da história de Pedro e oLobo, com uma pequena alteração: em vez de Pedro e o Lobo, é Pedro e a Crise.
De acordo com os especialistas - e para surpresa de todos os leigos, completamente inconscientes de que tal cenário fosse possível - Portugal está mergulhado numa profunda crise.
Ao que parece, 2009 vai ser mesmo complicado. O problema é que 2008 já foi bastante difícil. E, no final de 2006, o empresário Pedro Ferraz da Costa avisava no Diário de Notícias que 2007 não iria ser fácil. O que, evidentemente, se verificou, e nem era assim tão difícil de prever tendo em conta que, em 2006, analistas já detectavam que o País estava em crise. Em Setembro de 2005, Marques Mendes, então presidente do PSD, desafiou o primeiro-ministro para ir ao Parlamento debater a crise económica.
Nada disto era surpreendente na medida em que, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, entre 2004 e 2005, o nível de endividamento das famílias portuguesas aumentou de 78% para 84,2% do PIB. O grande problema de 2004 era um prolongamento da grave crise de 2003, ano em que a economia portuguesa regrediu 0,8% e a ministra das Finanças não teve outro remédio senão voltar a pedir contenção. Pior que 2003, só talvez 2002, que nos deixou, como herança, o maior défice orçamental da Europa, provavelmente em consequência da crise de 2001, na sequência dos ataques terroristas aos Estados Unidos. No entanto, segundo o professor Abel M. Mateus, a economia portuguesa já se encontrava em crise antes do 11 de Setembro.
A verdade é que, tirando aqueles seis meses da década de 90 em que chegaram uns milhões valentes vindos da União Europeia, eu não me lembro de Portugal não estar em crise. Por isso, acredito que a crise do ano que vem seja violenta. Mas creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério. Um crescimento zero, para nós, é amendoins. Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço. 2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento. Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado.
É tempo de reconhecer o mérito e agradecer a governos atrás de governos que fizeram tudo o que era possível para não habituar mal os portugueses. A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado. Agora, somos o povo da Europa que está mais bem preparado para fazer face às dificuldades.
GOULART MEDEIROS"
Wednesday, February 4, 2009
"Maria vai com todas"
Começou o rebuliço coligacional no PP de Paulo Portas and friends. Ele vai a direita, ele vai a esquerda, tudo vale na senda do poder.
A união a uma canditatura que muito dificilmente vencerá em Lisboa serve unicamente para disfarçar o facto de Portas ter MEDO de avançar sozinho para o mais que provável resultado desastroso do CDS em Lisboa.Avançando assim pode imputar as culpas da derrota ao PSD e dizer que teve 8 ou 9 % dos votos, o que ele quiser dizer basicamente, disfarçando, só para quem for tapado, o afundar do CDS nas intenções de votos dos portugueses.
Esperamos ansiosos o resultado, sendo que, é bem possível que se revele desastroso para o CDS, tal como o conhecemos.
I told you so...
Para os entusiastas do "yes we can" e "change we believe" aqui fica o primeiro sinal que, em tempos de crise, que se lixem os europeus...
Realmente, nunca percebi a excitação de determinados europeus com as eleições nos E.U.A., como se o Obama fosse o salvador da humanidade...
Esta é a primeira de muitas medidas para salvar a economia AMERICANA, Obama sabe melhor que ninguém que, apesar do massivo apoio que teve nesta parte do mundo, quem lhe dá os votos são os americanos, e para isso vale tudo...
Monday, February 2, 2009
Estes manos Pedroso...
João Pedroso era professor em exclusividade na Universidade de Coimbra quando a ministra o contratou29.01.2009 - 10h30
Foi por escolha de Maria de Lurdes Rodrigues que João Pedroso, assistente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi contratado, em 2005 e 2007, para sistematizar, em regime de profissão liberal, a legislação sobre Educação publicada nas últimas décadas. Ao promover a sua contratação por um total de 287.980 euros, a ministra teve em conta o currículo profissional de Pedroso, mas não que este estava sujeito ao regime de exclusividade enquanto professor de uma universidade pública.Nos dois anos em que deveria ter feito o trabalho que lhe foi adjudicado pelo Ministério da Educação, Pedroso esteve não só a receber por inteiro o seu ordenado da faculdade - se não estivesse em exclusividade, recebia só 70 por cento - como esteve dispensado da actividade docente para fazer um doutoramento.A violação da exclusividade foi objecto de uma primeira suspeita na Faculdade de Economia, que questionou o docente sobre a sua situação ainda em 2007. Pedroso sustentou que não estava a incorrer em qualquer ilegalidade e o assunto ficou por ali. Em meados do ano passado, quando a faculdade teve conhecimento dos recibos passados por Pedroso ao ministério, em nome individual e no valor de quase 300 mil euros, comunicou o caso à Reitoria, que é quem detém as competências disciplinares nesta matéria. De então para cá nunca mais se soube de nada até que, na semana passada, a Reitoria informou, em resposta a perguntas do PÚBLICO, que tinha sido aberto um "inquérito interno", em data não indicada, para apurar se João Pedroso cometeu alguma "falha disciplinar". O inquérito ainda não está concluído, mas foram pedidos esclarecimentos sobre os contratos ao ministério, o qual, segundo a Reitoria, já respondeu.O PÚBLICO perguntou por escrito a Maria de Lurdes Rodrigues, na segunda-feira, se a ministra sabia, ou se procurou saber, se Pedroso estava em exclusividade quando o contratou, mas não obteve resposta. João Pedroso, que é juiz em situação de licença sem vencimento desde 1990, ocupou cargos de topo na administração pública e em vários gabinetes ministeriais no tempo de António Guterres e é irmão de Paulo Pedroso, que, por sua vez, é colega da ministra e de outras altas figuras do Ministério da Educação num centro de investigação universitário (no ISCTE). João Pedroso não quis falar ao PÚBLICO sobre a questão da exclusividade, dizendo apenas que trabalhou para o ministério "no estrito cumprimento das normas legais em vigor". A numeração dos 14 recibos verdes por ele entregues mostra que, além desses, o jurista passou pelo menos, no mesmo período, outros 14, por serviços prestados a outras entidades (a menos que os tenha inutilizado). O ministério rescindiu o contrato com Pedroso em Dezembro, considerando que ele só tinha feito metade do trabalho contratado e obrigando-o a devolver 133.100 dos 287.980 euros recebidos.
Foi por escolha de Maria de Lurdes Rodrigues que João Pedroso, assistente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi contratado, em 2005 e 2007, para sistematizar, em regime de profissão liberal, a legislação sobre Educação publicada nas últimas décadas. Ao promover a sua contratação por um total de 287.980 euros, a ministra teve em conta o currículo profissional de Pedroso, mas não que este estava sujeito ao regime de exclusividade enquanto professor de uma universidade pública.Nos dois anos em que deveria ter feito o trabalho que lhe foi adjudicado pelo Ministério da Educação, Pedroso esteve não só a receber por inteiro o seu ordenado da faculdade - se não estivesse em exclusividade, recebia só 70 por cento - como esteve dispensado da actividade docente para fazer um doutoramento.A violação da exclusividade foi objecto de uma primeira suspeita na Faculdade de Economia, que questionou o docente sobre a sua situação ainda em 2007. Pedroso sustentou que não estava a incorrer em qualquer ilegalidade e o assunto ficou por ali. Em meados do ano passado, quando a faculdade teve conhecimento dos recibos passados por Pedroso ao ministério, em nome individual e no valor de quase 300 mil euros, comunicou o caso à Reitoria, que é quem detém as competências disciplinares nesta matéria. De então para cá nunca mais se soube de nada até que, na semana passada, a Reitoria informou, em resposta a perguntas do PÚBLICO, que tinha sido aberto um "inquérito interno", em data não indicada, para apurar se João Pedroso cometeu alguma "falha disciplinar". O inquérito ainda não está concluído, mas foram pedidos esclarecimentos sobre os contratos ao ministério, o qual, segundo a Reitoria, já respondeu.O PÚBLICO perguntou por escrito a Maria de Lurdes Rodrigues, na segunda-feira, se a ministra sabia, ou se procurou saber, se Pedroso estava em exclusividade quando o contratou, mas não obteve resposta. João Pedroso, que é juiz em situação de licença sem vencimento desde 1990, ocupou cargos de topo na administração pública e em vários gabinetes ministeriais no tempo de António Guterres e é irmão de Paulo Pedroso, que, por sua vez, é colega da ministra e de outras altas figuras do Ministério da Educação num centro de investigação universitário (no ISCTE). João Pedroso não quis falar ao PÚBLICO sobre a questão da exclusividade, dizendo apenas que trabalhou para o ministério "no estrito cumprimento das normas legais em vigor". A numeração dos 14 recibos verdes por ele entregues mostra que, além desses, o jurista passou pelo menos, no mesmo período, outros 14, por serviços prestados a outras entidades (a menos que os tenha inutilizado). O ministério rescindiu o contrato com Pedroso em Dezembro, considerando que ele só tinha feito metade do trabalho contratado e obrigando-o a devolver 133.100 dos 287.980 euros recebidos.
Mal de principio
Este caso freeport tem um problema de fundo que ainda ninguém falou.
Suponhamos que eu, você, alguém, era ministro do ambiente.
Um tio telefona e diz: "Epá, oh Dioguito, tenho aqui um amigo que quer fazer um centro comercial em área protegida e diz que lhe estão a pedir 4 milhões (euros, contos, tanto faz, nestas questões é igual).
Eu, você, alguém como ministro, o que faz? 3 opções:
1)_Manda imediatamente averiguar quem está a pedir dinheiro e porquê. Se for caso disso (que deve ser), chama a policia judiciária e manda imediatamente agir criminalmente sobre essas pessoas.
2)_Responde que há canais apropriados para esses efeitos e recomenda ao tio que os indique aos amigos, salientando que em zonas de protecção ambiental É PROIBIDO construir.
3)_Fica indignado, não investiga quem é que anda a pedir essa exorbitância de dinheiro, não avisa nem PJ nem ministério público e manda os amigos do tio falar com ele ao ministério.
Eu optaria pela 1 opção, mas eu não sou ministro do ambiente, nunca fui, nem quero ser.
Subscribe to:
Posts (Atom)