Perguntam-me os cerca de dois fiéis leitores dos meus textos porque razão não tenho escrito com mais assiduidade nos últimos tempos.
Ora, a ambos, deixo aqui a minha explicação, que, espero, tenha a vossa compreensão. É que vocês são só dois e há que manter as audiências.
O motivo prende-se com a inevitável encruzilhada pessoal decorrente da recepção de uma proposta de trabalho.
Com efeito, tirando, eventualmente, o passo do casamento, a mudança de emprego é talvez a rainha de todas as (in)decisões.
Toda a gente passa por isso pelo menos uma vez na vida.
Acontece que, na maioria das vezes, alapado a uma nova proposta de trabalho, vêm um camião de dúvidas, muitas horas de hesitação, algumas noites mal dormidas e o recurso inevitável ao sempre sábio conselho dos amigos...
No meu caso pessoal, tive de pesar, de um lado, (i) 4 anos de muito trabalho (ou seja, toda a minha experiência laboral!), (ii) algumas (poucas, mas boas) amizades sólidas criadas, (iii) o conforto de uma certa, embora ténue, posição já adquirida, (iv) uma relativa ausência de risco futuro e, claro, (v) uma remuneração simpática, embora não deslumbrante.
[Nota - Por sorte, há já algum tempo que me libertei do estigma também ele geracional denominado de “Geração Mil Euros”. Conhecido por ser um fenómeno que afecta os licenciados nascidos por volta de 1980, define-se por ser o salário pago a qualquer licenciado, independentemente da profissão exercida, durante os primeiros anos da pós licenciatura. "É eng. civil? Ok, oferecemos-lhe mil euros. É arquitecto? Ok, oferecemos-lhe mil euros? É advogado? Ok, oferecemos-lhe mil euros. É nutricionista? Ok, oferecemos-lhe mil euros." E por aí fora. No fundo, é uma espécie de rendimento mínimo e máximo garantido, com tendência a ser universal e, lá está, sem grandes variações, quer para mais, quer para menos.]
Adiante.
Do outro, (i) a necessidade de começar tudo do zero, (ii) o desconhecimento sobre os futuros chefes e respectivos métodos de trabalho, (iii) o risco elevado de que, eventualmente, as coisas possam não correr bem (seja por que motivo for), (iv) a necessidade de começar o dia mais cedo e acabar (ainda) mais tarde, (v) a minha colocação hierárquica inevitável no fim da cadeia alimentar (sim, porque no meu emprego actual já tenho um ou dois subordinados que muito jeito dão e a quem os meus chefes, generosamente, pagam mil euros), mas também (vi) a possibilidade de uma maior margem de progressão, (vii) a motivação de um novo desafio, (viii) o acumular de mais experiências, e (ix) a remuneração ligeiramente mais simpática, embora também não deslumbrante (nunca são, nunca são...).
Tudo visto e ponderado, “porque a razão o permite e o coração o impõe”, da próxima vez que aqui colocar um post, já será na condição de recém contratado.
Ora, então, até "mai" logo!
Ora, a ambos, deixo aqui a minha explicação, que, espero, tenha a vossa compreensão. É que vocês são só dois e há que manter as audiências.
O motivo prende-se com a inevitável encruzilhada pessoal decorrente da recepção de uma proposta de trabalho.
Com efeito, tirando, eventualmente, o passo do casamento, a mudança de emprego é talvez a rainha de todas as (in)decisões.
Toda a gente passa por isso pelo menos uma vez na vida.
Acontece que, na maioria das vezes, alapado a uma nova proposta de trabalho, vêm um camião de dúvidas, muitas horas de hesitação, algumas noites mal dormidas e o recurso inevitável ao sempre sábio conselho dos amigos...
No meu caso pessoal, tive de pesar, de um lado, (i) 4 anos de muito trabalho (ou seja, toda a minha experiência laboral!), (ii) algumas (poucas, mas boas) amizades sólidas criadas, (iii) o conforto de uma certa, embora ténue, posição já adquirida, (iv) uma relativa ausência de risco futuro e, claro, (v) uma remuneração simpática, embora não deslumbrante.
[Nota - Por sorte, há já algum tempo que me libertei do estigma também ele geracional denominado de “Geração Mil Euros”. Conhecido por ser um fenómeno que afecta os licenciados nascidos por volta de 1980, define-se por ser o salário pago a qualquer licenciado, independentemente da profissão exercida, durante os primeiros anos da pós licenciatura. "É eng. civil? Ok, oferecemos-lhe mil euros. É arquitecto? Ok, oferecemos-lhe mil euros? É advogado? Ok, oferecemos-lhe mil euros. É nutricionista? Ok, oferecemos-lhe mil euros." E por aí fora. No fundo, é uma espécie de rendimento mínimo e máximo garantido, com tendência a ser universal e, lá está, sem grandes variações, quer para mais, quer para menos.]
Adiante.
Do outro, (i) a necessidade de começar tudo do zero, (ii) o desconhecimento sobre os futuros chefes e respectivos métodos de trabalho, (iii) o risco elevado de que, eventualmente, as coisas possam não correr bem (seja por que motivo for), (iv) a necessidade de começar o dia mais cedo e acabar (ainda) mais tarde, (v) a minha colocação hierárquica inevitável no fim da cadeia alimentar (sim, porque no meu emprego actual já tenho um ou dois subordinados que muito jeito dão e a quem os meus chefes, generosamente, pagam mil euros), mas também (vi) a possibilidade de uma maior margem de progressão, (vii) a motivação de um novo desafio, (viii) o acumular de mais experiências, e (ix) a remuneração ligeiramente mais simpática, embora também não deslumbrante (nunca são, nunca são...).
Tudo visto e ponderado, “porque a razão o permite e o coração o impõe”, da próxima vez que aqui colocar um post, já será na condição de recém contratado.
Ora, então, até "mai" logo!
6 comments:
"...Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades..."
Quando falta a verve recorre-se aos clássicos...
Boa Sorte!!! e um abraço!
"...Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades..."
Quando falta a verve recorre-se aos clássicos...
Boa Sorte!!! e um abraço!
se te convidaram por alguma razão foi pá, és bonito mas não és assim tanto!
sorte da boa my friend!
grande abraço
Acho que tomaste a decisão certa e, conhecendo-te, vai correr bem. Senão também podes dedicar-te ao blog, os dois ou três leitores/as agradecem.
boa sorte!
M.L.
Boas ,
Comprendo este momento que está a passar, pois a pouco tempo passei por uma igual , ás vezes é preciso arriscar para depois se usufruir de uma melhor situação por isso boa sorte para si .
JOY
Se conseguiu ganhar o que ganhou no trabalho que tem neste momento, no novo também vai ganhar. Haja vontade de trabalhar e, se houver tempo, mostrar que ainda é melhor do que estavam a espera qdo foi convidado. Com um bocado de sorte, e uma vez que diz que a margem de progressão é maior, até corre no risco de ter uma secretária/estagiária bem gira a tratar-lhe da papelada mais aborrecida.
Boa sorte! ;)
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