Por razões históricas, a África em geral, e a "portuguesa" em especial sempre me atraíram em todos os domínios.
Muitos há que entendem ser o Brasil o melhor exemplo do Portugal Universal, o Ultramarino, o Portugal do "Quinto Império". Entendo o porquê. Porque se "desmembrou" há mais tempo da "Pátria Mãe", diluído já no efémero da memória. E porque o relacionamento, com os altos e baixos típicos da "emancipação dum filho", sempre foi de "irmãos" respeitadores e responsáveis, sobretudo responsáveis, face a toda uma História que nos une.
Em relação à África, o caso muda de figura.
O corte abrupto do cordão umbilical, iniciado com crimes bárbaros cometidos sob a capa impune da Autodeterminação dos Povos (não sei se a imposição dos regimes "democráticos" entram), feriu de morte a pureza das relações.A proximidade temporal não ajuda nestas questões.Esta é a minha opinião.
Exemplo actual e paradigmático é sem dúvida a bem (ou mal) amada Angola.
A "democracia" que tanto americanos como soviéticos "desejavam", contra o "opressor e colonialista Portugal", está ao rubro.
O povo morre nas ruas, a miséria grassa, as doenças (que enquanto Portugal desapareceram) proliferam, os direitos cívicos e humanos são constantemente desrespeitados (quando não inexistentes), o despotismo é vil e atroz por parte da família presidencial, qual soba prepotente, rodeado do seu séquito a quem as sobras (milionárias) alimentam. Isto tudo se passa no país com maior crescimento económico do Mundo.
"O poder corrompe".Há muito se sabe.Regado a petróleo e diamantes, pior.
Mas o que a mim me enoja é a desfaçatez com que o sr.Santos (ironia de apelido), LADRÃO encartado do seu próprio povo, trata Portugal. E mais ainda a permissão por parte da nossa presidência e governo, roçando quase a subserviênica (ao vil metal?), a que tudo diga, exija e reclame sem que ninguém o meta no sítio.
Eu sei que Angola é destino de milhares de portugueses. Empresários de todos os quadrantes. Eu sei, e o nosso governo também sabe o que é o PNB (produto nacional bruto)...
Mas também sei o que é a Dignidade e Soberania, o Respeito e o Direito. O tipo insiste em tratar-nos como uma espécie de "eterno saco-de-boxe".
A dívida a Portugal já lá vai (será que o deficit seria o mesmo?), perdoada qual jogo de poker entre prostituta e chulo, por este perdido. Há bem pouco tempo foi a novela da carta do rapaz (que não deixam jogar) Mantorras. Agora a última. A possibilidade de proibição dos vôos da TAP para Luanda, como acto de "reciprocidade e não retaliação". Chega. E é demais. O tipo não se preocupa em resolver o problema da TAAG, preocupa-se sim com a "reciprocidade". Só assim seria se a TAP padecesse dos mesmos males, digo eu. Mas não. O "eu quero ,posso e mando" serve para todo o seu domínio. E pelos vistos já cá chega...
Um dia destes o SEF detém um ilegal angolano nas obras e lá será nacionalizada toda a indústria portuguesa de contrução civil que labora em Angola.
Ao abrigo da "reciprocidade".
Claro!
Tuesday, July 3, 2007
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1 comment:
Isto da reciprocidade, é como o "outro" diz: é uma boa tanga...
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