Sábado fui à Costa. O calor “esquisito” deste Verão parecia convidar, o mar prometia e a cerveja esperava-me fresquinha, fresquinha, fresquinha...
Ainda mal recuperado das febres das sextas-feiras à noite, olhei para a outra margem exactamente a meio da Ponte 25 de Abril e deixei-me embalar (e adormecer) por uma visão de uma Costa como ela deveria ser. Um “resort” de luxo da população de Lisboa (e de quem mais queira, naturalmente), com um potencial turístico único face a todas as outras capitais europeias.
Não teria sido difícil. Bastava ter planeado e projectado uma estância balnear ordenada, onde a construção não fizesse perder metros à areia e onde as edificações fizessem sentir o gosto das férias. Ajudava também que aquilo a que chamam bares de praia, fossem mais do que propriamente barracas construídas com quatro chapas de zinco. Não resolvia tudo, mas ajudava.
Depois de trinta anos de sucessivo (des)governo local, mas também, convém dizê-lo, central, resta deitarmo-nos na areia e não olhar para trás. Ou, pelo menos, evitar.
Tenta-se agora remediar as asneiras com projectos de projectos Polis, mal amanhados e colados, com saliva, no meio da desordem, enterrando milhões numa terra hoje em dia feita desterro.
Constroem-se meia dúzia de espaços verdes exactamente no coração da selva de pedra. Espectacular.
Inevitavelmente, pergunto-me quem terá lucrado com tudo isto. Nós, certamente que não. Os que lucram, certamente, não vivem na Costa.
De repente, o grito de “tá ali um a sair, tá ali um lugar!”, fez-me acordar sobressaltado. E, na verdade, não estava ali “nenhum a sair”, não havia ali nenhum lugar para estacionar. Raios. Recuperei a posição e tentei instalar-me o mais confortável possível. Afinal de contas, esperavam-me mais duas horas no trânsito.
Ainda mal recuperado das febres das sextas-feiras à noite, olhei para a outra margem exactamente a meio da Ponte 25 de Abril e deixei-me embalar (e adormecer) por uma visão de uma Costa como ela deveria ser. Um “resort” de luxo da população de Lisboa (e de quem mais queira, naturalmente), com um potencial turístico único face a todas as outras capitais europeias.
Não teria sido difícil. Bastava ter planeado e projectado uma estância balnear ordenada, onde a construção não fizesse perder metros à areia e onde as edificações fizessem sentir o gosto das férias. Ajudava também que aquilo a que chamam bares de praia, fossem mais do que propriamente barracas construídas com quatro chapas de zinco. Não resolvia tudo, mas ajudava.
Depois de trinta anos de sucessivo (des)governo local, mas também, convém dizê-lo, central, resta deitarmo-nos na areia e não olhar para trás. Ou, pelo menos, evitar.
Tenta-se agora remediar as asneiras com projectos de projectos Polis, mal amanhados e colados, com saliva, no meio da desordem, enterrando milhões numa terra hoje em dia feita desterro.
Constroem-se meia dúzia de espaços verdes exactamente no coração da selva de pedra. Espectacular.
Inevitavelmente, pergunto-me quem terá lucrado com tudo isto. Nós, certamente que não. Os que lucram, certamente, não vivem na Costa.
De repente, o grito de “tá ali um a sair, tá ali um lugar!”, fez-me acordar sobressaltado. E, na verdade, não estava ali “nenhum a sair”, não havia ali nenhum lugar para estacionar. Raios. Recuperei a posição e tentei instalar-me o mais confortável possível. Afinal de contas, esperavam-me mais duas horas no trânsito.
4 comments:
Concordo Plenamente!!
Gostaria no entanto de realçar as causas da vergonha.
- a primeira causa é o facto da Costa se situar num País do Terceiro Mundo
- A segunda causa é o facto da Costa ser presidida pela mulher-homem Maria Emília.
Esta "Sinhora" (sim, sou da margem sul e já apanhei alguns termos da Afro-Brasucolândia) prefere mil vezes refugiar 1000 desalojados que a câmara de Lisboa quer expulsar dos seus terrenos a desenvolver um Concelho com Qualidade de Vida para "roubar" fregueses a Odivelas, Loures, Mafra, Carcavelos, Algés, Lisboa etc.
- A terceira causa é o facto da Costa ser presidida pela mulher-homem Maria Emília ....Pos já disse. Enfim a ´culpa é quase toda dela e da equipa de ladrões que desgovernam o concelho de Almada.
Tudo isto abençoado pelos sucessivos Governos Centrais que sabem que o efectivo eleitoral do concelho de Almada aproxima-se das 200 mil " Almas Penadas"
eu vim de lá abocado eheh
O que � que se quer se a maioria da popula�o da costa � de minas gerais?? Ali s� com uma bomba e come�ar tudo de novo.. Mas pior estava h� uns anos atr�s, quando ao chegar de lisboa nos deparavamos em plena avenida com uma vala de esgoto com um amontoado de lixo a c�u aberto e a dois passos vendia-se peixe fresquinho.. Hoje em dia ve-se a diferen�a a avenida mudou at� j� tem palmeiras. Citando um taxista meu conhecido ao chegar a costa "isto � merveilleux" faz-lhe lembrar o sur de france onde j� foi feliz...
Não vou à costa há algum tempo mas no verão passado tive em QUARTEIRA. Tudo o que se diga é pouco...Ordenamento é zero, na praia também só podes olhar para o mar, que na maioria das vezes nem consegues ver, tal é o excesso de massa humana, não há sitios para estacionar, marrachinho sempre a abarrotar, os empregados dos cafés são mal criados, dos taxitas nem vou falar...certo é que todos os verões Quarteira rebenta pelas custuras! Apesar de tudo ser mau.
Post a Comment