Thursday, January 22, 2009

Quem fala a verdade?

Sengundo uma notícia no "Económico" de hoje, o Banco de Portugal apenas pediu uma auditoria externa às contas da sociedade que controlava o BPN a 22 de Julho do ano passado, depois desta ter sido requerida por Miguel Cadilhe, referindo uma notícia avançada pela SIC.

"A SIC diz ter tido acesso a um documento do Banco de Portugal (BdP) que revela que a auditoria só foi decidida depois do então director do BPN, Miguel Cadilhe, o ter feito.

Anteriormente, o antigo director do departamento de supervisão do BdP, Carlos Santos, havia afirmado perante a Assembleia da República que a auditoria teria sido pedida à Deloitte no passado dia 3 de Junho.

Quando foi ouvido pela comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN, Cadilhe havia garantido que uma das condições que impôs para assumir o cargo foi uma análise profunda às contas do grupo.

Cadilhe adiantou na altura que tomou posse a 24 de Junho e que adjudicou uma auditoria à Deloitte a 11 de Julho, tendo notado que o BdP só avançou com esta acção de supervisão mais tarde.

Na altura, o Governador do BdP, Vítor Constâncio, rejeitou as críticas de Cadilhe.

Segundo a SIC, embora Carlos Santos tenha garantido que o Banco de Portugal encomendou a auditoria a 3 ou 4 de Junho do ano passado, a estação "teve acesso a uma carta enviada pelo Banco de Portugal ao BPN onde se pode ler que 'o Conselho de Administração do Banco de Portugal, reunido a 22 de Julho de 2008, deliberou que fosse realizada uma auditoria especial pela Deloitte para apuramento das perdas por imparidades nos activos do grupo SLN'", que controlava o BPN.

O documento demonstra assim, precisa a SIC, que a data da deliberação "contraria as afirmações do ex-supervisor do banco central e mostra que a auditoria de Miguel Cadilhe foi pedida 11 dias antes".


Aqui fica mais uma vez provada a incompetência de que encabeça o Banco de Portugal, que nos dias de hoje só serve para chatear a malta que quer abrir um conta num qualquer banco (para por pouco dinheiro que resta, as migalhas que o estado não leva) com uma quantidade absurda de papelada.

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