Para texto de estreia, não poderia deixar de aproveitar o embalo de estar recém-chegado da minha primeira viagem a terras Africanas para aqui deixar algumas notas soltas relativamente à realidade que aí encontrei.
Com uma taxa de crescimento na ordem dos 20% ao ano, Angola é hoje em dia um mercado de investimento externo privilegiado para os empresários Portugueses. O que é que isto significa? Basicamente, que está lá toda a gente. Desde as grandes construtoras Portuguesas, que não têm, actualmente, obras de grande dimensão em Portugal que sustentem o seu crescimento, até ao pequeno empresário, a quem a vida não correu bem e parte em busca do último “El Dorado”. Estes últimos, diga-se, são uns tipos normalmente pouco recomendáveis...
Caro leitor, face ao que vi, se está a pensar investir em Angola, deixo-lhe o meu humilde conselho: Vá com um projecto profissional de médio ou longo prazo, assente nos serviços e na tecnologia. Leve muitos dólares no bolso para distribuir em “gasosas”. E quando digo muitos, quero dizer mesmo muitos. Lembre-se que quanto mais alta for a patente da pessoa com quem liga, mais “gasosa” terá de distribuir...
Politicamente, a agitação acompanha o movimento económico. Ou seja, apesar do Zé Du ser um Presidente da República vitalício (uma vez que as eleições são mera formalidade), não se pense que Angola é um país politicamente estagnado. Senão vejamos:
O Presidente, um dia, deixará de o ser e, neste momento, perfilam-se para a sua sucessão 14(???) nomes... Quando tal acontecer, perspectivam-se dois possíveis cenários:
1. Não havendo entendimento quanto à sucessão, o país poderá transformar-se numa nova Nigéria, com o petróleo a financiar a(s) guerra(s) pela sucessão; ou
2. As multinacionais instaladas no país saciarão, a peso de ouro, a fome de poder de cada um dos potenciais sucessores, refreando-lhes os ânimos (coisa que, aliás, não diverge muito da prática actual).
Cá estaremos para ver.
No entretanto, deixo apenas uma pergunta. Calcula-se que o reacender da guerra entre o MPLA e a Unita, em 1992, custou ao PIB Português um decréscimo de 1,3%. Quanto custaria hoje em dia um novo conflito armado?
P.S. – Não queria deixar de enviar um sentido agradecimento ao Mantorras (eu sei que nos estás a ler oh dezoito milhões!!) por me ter proporcionado uma estadia de cerca de dois meses no seu país de origem sem poder conduzir, a bem do princípio da reciprocidade. Bem haja!
Com uma taxa de crescimento na ordem dos 20% ao ano, Angola é hoje em dia um mercado de investimento externo privilegiado para os empresários Portugueses. O que é que isto significa? Basicamente, que está lá toda a gente. Desde as grandes construtoras Portuguesas, que não têm, actualmente, obras de grande dimensão em Portugal que sustentem o seu crescimento, até ao pequeno empresário, a quem a vida não correu bem e parte em busca do último “El Dorado”. Estes últimos, diga-se, são uns tipos normalmente pouco recomendáveis...
Caro leitor, face ao que vi, se está a pensar investir em Angola, deixo-lhe o meu humilde conselho: Vá com um projecto profissional de médio ou longo prazo, assente nos serviços e na tecnologia. Leve muitos dólares no bolso para distribuir em “gasosas”. E quando digo muitos, quero dizer mesmo muitos. Lembre-se que quanto mais alta for a patente da pessoa com quem liga, mais “gasosa” terá de distribuir...
Politicamente, a agitação acompanha o movimento económico. Ou seja, apesar do Zé Du ser um Presidente da República vitalício (uma vez que as eleições são mera formalidade), não se pense que Angola é um país politicamente estagnado. Senão vejamos:
O Presidente, um dia, deixará de o ser e, neste momento, perfilam-se para a sua sucessão 14(???) nomes... Quando tal acontecer, perspectivam-se dois possíveis cenários:
1. Não havendo entendimento quanto à sucessão, o país poderá transformar-se numa nova Nigéria, com o petróleo a financiar a(s) guerra(s) pela sucessão; ou
2. As multinacionais instaladas no país saciarão, a peso de ouro, a fome de poder de cada um dos potenciais sucessores, refreando-lhes os ânimos (coisa que, aliás, não diverge muito da prática actual).
Cá estaremos para ver.
No entretanto, deixo apenas uma pergunta. Calcula-se que o reacender da guerra entre o MPLA e a Unita, em 1992, custou ao PIB Português um decréscimo de 1,3%. Quanto custaria hoje em dia um novo conflito armado?
P.S. – Não queria deixar de enviar um sentido agradecimento ao Mantorras (eu sei que nos estás a ler oh dezoito milhões!!) por me ter proporcionado uma estadia de cerca de dois meses no seu país de origem sem poder conduzir, a bem do princípio da reciprocidade. Bem haja!
2 comments:
Grande Eddie!
Bem vindo e bem haja!
Abraço!
ANGOLA É NOSSA!!
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