Ontem após a procissão e celebração litúrgica do Corpo de Deus na Praça do Município sentei-me a descansar na Pastelaria Suíça e enquanto sorvia cada gota de um Segafredo que me custou o obsceno preço de 1,70 euros lembrei-me do quanto a praça do Rossio encerra em si toda a História de Portugal do início até hoje.
Começando pela Direita e acabando à Esquerda (tal como aconteceu a este país...) vi de esguelha a janela do antigo Paço Real de onde atiraram o cadáver cravado de balas de Miguel de Vasconcelos na gloriosa revolução de 1640.
Mesmo ao lado o Teatro Nacional D. Maria II e a memória de Almeida Garrett. Um pouco adiante vejo a estação do Rossio e lembro-me do grande, enorme Sidónio a ser assassinado “Morro bem, salvem a Pátria”.
Lá em cima tento adivinhar qual a pequena janelinha verde do quartel do Carmo na qual o Professor Marcello Caetano entregou as chaves do poder ao capitão Salgueiro Maia em 74. E coladinho, coladinho o ideal romântico do Convento do Carmo onde o Santo Condestável, D. Nuno Álvares Pereira se recolheu para gozar os anos da sua velhice em oração após a maior vitória militar deste país contra a vizinha Castela.
E nos cafés? Vejo a velha Tendinha da Amália e o boémio Bocage a sair do café Nicola. Vejo a rixa em que se envolveu Camões, neste mesmo dia de Corpo de Deus, nesta mesma procissão, neste mesmo Rossio há quase 500 anos. Vejo o povo de Lisboa em alvoroço “Acudam que matam o Mestre!!” e o Mestre de Avis triunfante depois de passar o ferro no Andeiro.
Ao fundo e já de esguelha o Arco da Rua Augusta lembrando o Terremoto e o Marquês com a baixa pombalina. No alto da coluna a estátua do Imperador Maximiliano do México que querem fazer passar por Pedro IV, o liberal e um dos culpados do estado em que hoje estamos.
A Praça do Rossio é uma lição de história viva! O destino da nação esteve-lhe sempre associado e qualquer aula de história ganharia outra dimensão nas cadeiras da Pastelaria Suíça (desde que só peçam um copo de água que outra coisa não condiz com a bolsa do estudante).
Começando pela Direita e acabando à Esquerda (tal como aconteceu a este país...) vi de esguelha a janela do antigo Paço Real de onde atiraram o cadáver cravado de balas de Miguel de Vasconcelos na gloriosa revolução de 1640.
Mesmo ao lado o Teatro Nacional D. Maria II e a memória de Almeida Garrett. Um pouco adiante vejo a estação do Rossio e lembro-me do grande, enorme Sidónio a ser assassinado “Morro bem, salvem a Pátria”.
Lá em cima tento adivinhar qual a pequena janelinha verde do quartel do Carmo na qual o Professor Marcello Caetano entregou as chaves do poder ao capitão Salgueiro Maia em 74. E coladinho, coladinho o ideal romântico do Convento do Carmo onde o Santo Condestável, D. Nuno Álvares Pereira se recolheu para gozar os anos da sua velhice em oração após a maior vitória militar deste país contra a vizinha Castela.
E nos cafés? Vejo a velha Tendinha da Amália e o boémio Bocage a sair do café Nicola. Vejo a rixa em que se envolveu Camões, neste mesmo dia de Corpo de Deus, nesta mesma procissão, neste mesmo Rossio há quase 500 anos. Vejo o povo de Lisboa em alvoroço “Acudam que matam o Mestre!!” e o Mestre de Avis triunfante depois de passar o ferro no Andeiro.
Ao fundo e já de esguelha o Arco da Rua Augusta lembrando o Terremoto e o Marquês com a baixa pombalina. No alto da coluna a estátua do Imperador Maximiliano do México que querem fazer passar por Pedro IV, o liberal e um dos culpados do estado em que hoje estamos.
A Praça do Rossio é uma lição de história viva! O destino da nação esteve-lhe sempre associado e qualquer aula de história ganharia outra dimensão nas cadeiras da Pastelaria Suíça (desde que só peçam um copo de água que outra coisa não condiz com a bolsa do estudante).
1 comment:
Magnífico post!!!
Grande viagem no tempo!
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