Penso que seja lamúria crónica dos pagadores de impostos como eu:
O Estado suga muito, retribui pouco e a torneira tem mais buracos que um queijo Suíço.
Por uma vez na vida, senti que podia, simbolicamente, equilibrar os pratos da balança e que, desta vez, para variar, seria eu a ficar por cima. Uma espécie de excepção que confirmaria a regra.
De passagem por Boliqueime, senti-me compelido a parar na bomba de gasolina propriedade do pai do nosso excelso PR.
Sentia em mim um certo conforto psicológico na ideia de pôr gasolina naquela bomba, um certo sentimento de ajuste de contas antigas...
“ATESTE!!!” – disse eu de peito cheio.
Aquele momento soube-me, literalmente a pato. E tinha ameixas, passas, courgettes gratinadas, bom vinho tinto e rodízio de doces conventuais.
No entanto, o meu sorriso saciado foi sol de pouca dura.
“Vai pagar em dinheiro ou multibanco?” – Disse o empregado, garbosamente...
70 euros de gasolina, meia dúzia de litros, muito lucro alheio.
No fim, quem ficou a ganhar foram Eles. Como sempre.
2 comments:
Em entrevista a unica o Paulo Macedo ex director geral dos impostos diz "..ainda, varias vezes, me perguntam se quero factura"...
aposto que ainda pagaste 700 paus por um maçito de tabaco americano, assaltado por assaltado...
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