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Juíza mandou destruir escutas entre Arouca, Sócrates e Morais 25.09.2007 - 07h29 Ricardo Dias Felner, PÚBLICO

Nenhuma das intercepções telefónicas feitas pela Polícia Judiciária, a partir do telemóvel de Luís Arouca, antigo reitor da Universidade Independente, em que são mantidas conversas com José Sócrates e com o ex-professor deste, António José Morais, foi transcrita para os autos do inquérito judicial feito à conclusão da licenciatura do primeiro-ministro, e arquivado em Julho pelo Ministério Público.

Sim senhora esta juíza deve ser brevemente recomendada para o supremo…

Certificado do ISEL entregue em três dias
25.09.2007
O certificado do ISEL que atesta as cadeiras concluídas por José Sócrates naquela instituição, para efeitos de um pedido de equivalências na Universidade Independente (UnI), foi requerido pelo actual primeiro--ministro três dias antes deste lho ser concedido e já no final da sua licenciatura.
Na entrevista que deu à RTP, em Abril, justificando a polémica em volta do seu currículo, José Sócrates havia argumentado que a entrega deste documento com um ano de atraso não era responsabilidade sua, mas do ISEL.

Pois e assim se apanha um coxo, digo um mentiroso

PJ legendou teor dos telefonemas nos autos
25.09.2007
Arouca terá pedido intervenção de Morais junto de ministro. Sócrates terá pedido comunicado
Nos comentários apostos na grelha que consta dos autos do caso Sócrates, elaborada pelo inspector da Judiciária que procedeu à gravação das escutas, à frente de cada intercepção telefónica constam comentários lacónicos sobre a substância de cada contacto.
Nas três primeiras chamadas de Sócrates para Arouca, pode ler-se "Eng.º Online". Na quarta, "Dúvidas sobre o curso/Público!". Na quinta e na sexta, "Eng.º Importante!!!". Na sétima, "Instruções eng.º".
Já nas escutas entre Morais e Luís Arouca surge, na oitava escuta, do dia 17 de Março: "LA [Luís Arouca] combina c/ Morais". Logo a seguir, quatro dias depois: "Morais intercede c/ Ministro". Na décima escuta, por sua vez, uma chamada de um outro número de telemóvel revela: "Ministro vai interferir".
A 22 de Março, dia da publicação do dossier do PÚBLICO sobre a licenciatura de Sócrates, Arouca toma pela primeira vez a iniciativa do telefonema. O destinatário é Carlos Rodrigues e no comentário consta: "LA pede intervenção".
Nesse mesmo dia, às 17h01, outro telefonema entre Morais e Arouca: "Morais sugere intervenção LA". No contacto seguinte, para outro telefone, lê-se: "LA desaparece proc. Eng.".
O primeiro contacto, após a publicação dos artigos do PÚBLICO, feito por Sócrates surge a 23 de Março, às 13h25. "Eng.º pede comunicado" é o comentário a essa escuta feito pela Judiciária. A solicitação subjacente parece, contudo, travada, dois dias depois, na sequência de uma outra conversa, desta feita entre António José Morais e Luís Arouca: "Não fazer comunicado" é o comentário que surge na grelha.
As três escutas pedidas por Cândida Almeida ocorreram antes de 22 de Março.

Conversa entre amigos, pode-se ler nas entre linhas..., é só inocência...

Rui Verde detido com dossier de Vara
25.09.2007
Uma das razões que levaram à detenção do antigo responsável da Universidade Independente, Rui Verde, foi ter na sua posse uma pasta com documentos sobre as licenciaturas de José Sócrates e Armando Vara.
"Embora tenha colaborado com a Justiça, existem inúmeras situações fácticas para as quais não consegue dar explicação, como, por exemplo, as razões pelas quais tinha na sua posse documentos constantes do apenso 9D", referiu o juiz no despacho de detenção.
Desses documentos, que acabaram por ser transferidos do processo no DIAP que investiga a gestão da Independente para os autos do inquérito que investigou o eventual crime de "falsificação de documentos", no âmbito do curso de José Sócrates, consta uma notícia do 24 Horas que dá conta de que Vara terminou a sua licenciatura na UnI três dias antes de ser nomeado administrador da Caixa Geral de Depósitos. Segue-se um certificado de equivalências de Vara e dois boletins de matrícula, respeitantes a dois anos lectivos. Uma vez que Rui Verde estava a ser ouvido pela posse destes documentos no processo do DIAP, como arguido, Cândida Almeida aceitou a opção da testemunha de não prestar declarações.


Amiguinho do PM e com um curso da UNI vai directamente para a CGD.

E agora??