Tuesday, September 25, 2007

O preço da vida...


Este fim de semana estava sentado em casa a ver o telejornal da 2 (eu sei, coisa chata para se fazer num Sábado), quanto deparei com a campanha "1 Euro por uma vida".
Grosso modo, e sem querer alongar-me com mais explicações, devo dizer apenas que a referida campanha tem o intuito de ajudar a maternidade Alfredo da Costa a comprar algumas das máquinas necessárias à unidade de bebés prematuros, como incubadoras, ventiladores, "jet-ventilation" e bombas infusoras para suporte de vida a bebés prematuros. Parece que esta unidade foi recentemente recuperada e, devido à falta de verba, não houve dinheiro para comprar as máquinas necessárias.
A reportagem estava muito bem feita, mostravam as obras novas, as inovações, etc... enfim, comoveu-me (o que não é difícil nestas questões) e lá fiz o donativo que pediam. Não foi muito, é verdade, pelo que disseram naquele dia ainda faltava bastante para os € 200.000,00 necessários. FICA AQUI O APELO PÚBLICO À CAUSA...
Lembrei-me depois de outra questão. Há bem pouco tempo apareceram os número da mais recente evolução da moderna sociedade portuguesa, a I.V.G.. Segundo números alvitrados nos jornais, as estimativas apontam para um fantástico número de "20 mil a 25 mil intervenções anuais". Impressionante! que avançado que está o nosso país! Ora fazendo uma regra de simples matemática, e aplicando a portaria que define os valores que o SNS deverá pagar pela interrupção da gravidez, dá uma verba de perto de € 7.000.000,00 (fazendo as contas muito por baixo, ou seja, os tais 20.000,00 abortos e a interrupção medicamentosa que é, de longe, a mais barata).
Quer dizer, o nosso ministério da saúde, com o mais inenarrável ministro desde os tempos que há memória, vai gastar este dinheiro todo em abortos e não tem € 200.000,00 para dar à maternidade Alfredo da Costa?????
É caso para invocar o Sérgio Godinho e perguntar: "Ó senhor da loja, já que a vida é cara, diga-me lá se souber onde devo gastar o dinheiro", em abortos ou em vida????? Está-se praqui a dançar na corda bamba CARAMBA!!!!

5 comments:

Anonymous said...

É isso mesmo Tiago, concordo plenamente contigo!

bjs

mariana loureiro

António de Almeida said...

-É nestas matérias que eu gostava de ver o PSD a colocar questões ao governo, não no espectáculo mediático montado à porta de centros de saúde ou de maternidades que encerram, mas indo directo ao que importa, medicina dentária, não existe no SNS, nem tão pouco política nessa área, dentríficos taxados com IVA a 21%, caramelos, rebuçados e chocolates a 5%. IVG colocada no SNS que pelos vistos está sem dinheiro, quando o que referendaram foi apenas a despenalização, se até aqui a práctica reconhecidamente já existia, e quem quis sempre a practicou, para quê colocá-la no SNS? Não tinham outras prioridades? Mas não podemos culpar apenas o ministro de saúde, que desempenha (mal) o papel de advogado do diabo, e sim apontar baterias ao 1º responsável, o bacharel de engenharia José Sócrates Pinto de Sousa.

Anonymous said...

É sem dúvida o GRANDE mal deste governo...e de grande parte do país que o aplaude...
Para quê ajudar bebés prematuros a viverem melhor??????? Para depois o estado ter mais encargos com as doenças que estes vierem a desenvolver???? Nahhhhhhhh o melhor é nem sobreviverem! Ou então, nem terem nascido...Cambada de socias de merrda!

Anonymous said...

Este é um governo da treta porque os Portugueses estão a borrifar-se para o bem comum que é o País...

Este é mais um exemplo...

Eddie Felson said...

Sem prejuízo do mérito da causa que apontas (a compra das referidas máquinas) para mim também salta à vista outra estatística:

Afinal sempre havia 20 a 25 mil abortos clandestinos em Portugal antes da lei, número tantas vezes contestado e apontado como falso durante a campanha do não.

Para mim, isto é mais um exemplo de que a lei veio em boa hora.

Ninguém é "a favor do aborto" mas também não se pode empurrar o problema para debaixo do tapete.

Quantas vidas serão salvas pela nova lei? Certamente que muitas.

E os abortos, esses, far-se-iam de uma maneira ou de outra.